sábado, 8 de novembro de 2014

Dois dias em Edimburgo, a encantadora capital da Escócia

Capital da Escócia, Edimburgo é mais uma pequena e charmosa cidade europeia. Terra do whisky, da saia kilt e do cashmere. É conhecida por seu exuberante castelo, que pode ser observado de praticamente todos os pontos. Mas não é apenas o castelo que vale a visita. Perto de Edimburgo também fica a capela Rosslyn, que ficou mundialmente conhecida após o livro e o filme Código Da Vinci.
Castelo de Edimburgo: à noite, fica ainda mais bonito
De trem, leva-se pouco menos de quatro horas e meia para ir de Londres a Edimburgo. É um trajeto gostoso que mescla paisagens de interior (campos verdes com ovelhas e vacas) e em alguns trechos beirando o mar. Peguei o trem da empresa East Coast, cujas passagens podem variar de 40 libras a umas 155 libras cada perna, dependendo da antecedência com que se compra a passagem, da classe (normal ou primeira) e do horário. Comprei pela internet com a opção de imprimir em casa — não se esqueça de levar o tíquete em papel, pois, se der problema na máquina para ler no smartphone, é preciso comprar outro bilhete.

Aliás, atenção ao horário. A companhia de trem não remarca passagens, sendo obrigatório comprar outro bilhete. Aprendi isto, porque saímos do aeroporto e fomos direto para a estação Kings Cross, mas chegamos 15 minutos atrasadas e perdemos o trem das 15:30. Tivemos de adquirir outra passagem na hora (para as 16 horas), o que nos custou mais que o dobro do que havíamos pago com antecedência — e isto em libras deixa qualquer um mal-humorado. Um saco.
Vista da cidade a partir do castelo
Dica: se for emendar o voo ao trem, indo direto do aeroporto para estação, reserve a passagem com pelo menos três horas e meia de intervalo. No aeroporto de Heathrow, pegue a linha de metrô Piccadilly. Demora cerca de uma hora até Kings Cross. No meu caso, como as malas demoraram muito, perdemos mais tempo que o normal. Lição aprendida.

A estação Edimburgo Waverley está super bem-localizada. Saindo pela Princes street encontra-se facilmente o escritório de turismo da cidade, onde é possível marcar excursões de um dia para diversos lugares próximos, como Highlands (interior do norte), produtoras de whisky e o Lago Ness. Algumas empresas oferecem os passeios que custam a partir de 35 libras.
A imponente e bem-localizada Waverley Station 

Dois dias
Chuva atrapalha qualquer viagem e nos faz mudar os planos. Foi o que aconteceu em Edimburgo. Chegamos à cidade em uma segunda à noite, mas amanheceu chovendo forte na terça. Assim, a ideia de passar um dia conhecendo a capital escocesa e outro fazendo um passeio para Highlands teve de ser deixada de lado.

Com chuva, a melhor opção foi comprar tíquete para aqueles ônibus de turismo que circulam na cidade com paradas estratégicas em pontos de interesse. Fechamos o pacote com quatro trajetos (quatro ônibus diferentes) e por 48 horas. Custou 20 libras.

Embarcadas no ônibus, fizemos dois percursos completos para conhecer a cidade quase que por completo. Em um dos ônibus, o guia estava ao vivo explicando a cidade. Ele me pareceu ser o interior da Escócia porque tinha um sotaque bastante difícil para entender mesmo para quem fluente no inglês. Nos outros ônibus, usavam-se fones de ouvido com diversas opções de idiomas, inclusive o português. Valeu a pena para ir a lugares que não chegaríamos a pé, como Leith, um bairro afastado que tem um porto.


Um dos pontos negativos de Edimburgo é que tudo fecha cedo — 17 horas no fim de outubro — até os museus e o castelo. Às 20 horas, a impressão que tínhamos era a de que passava das 23 horas, com as ruas desertas. Por isto, acorde cedo para aproveitar ao máximo as atrações, ainda que algumas abram depois das 9:30 .

No meio para o fim da tarde, a chuva cessou e pudemos caminhar. Descemos o viaduto George IV Bridge e fomos ao Elephant House, um dos cafés onde as J.K. Rowling escreveu Harry Potter. Aliás, de acordo com o guia de um dos ônibus, muitos cafés e bares dizem que a autora passou algum tempo neles escrevendo... Se for ao Elephant House, não deixe de entrar no banheiro e ler as inúmeras mensagens (as pessoas escrevem trechos dos livros e recados para a autora). Também aprecie a vista para o castelo — e você entenderá a inspiração dela!
Scott Monument fica perto da estação, na Princes street
Fomos ao Museu Nacional de Edimburgo (entrada grátis). A parte da Escócia é bacaninha; o resto não deu para conhecer direito porque chegamos faltando pouco para fechar.

Passeamos pela Princes Street e jantamos no Jamie’s Italian, um dos restaurantes de Jamie Oliver. Bem gostoso o lugar. A comida eu confesso que esperava mais (me incomodou o apimentado em tudo), mas o preço é justo. Gastamos 42 libras incluindo a gorjeta para duas pessoas com pães de entrada, duas massas (prato pequeno), duas sobremesas, uma taça de vinho e uma Coca-Cola — a água de torneira (potável e que todos bebem) é gratuita.

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No dia seguinte, o sol abriu! Nada como passear com céu claro, ainda que passando um pouco de frio. Optamos por ir até a capela Rosslyn de ônibus circular (linha 15, passagem a 1,50 libra por pessoa por trecho ou 3,50 o tíquete por um dia). Demora cerca de 45 minutos com várias paradas (são aproximadamente 7 milhas de Edimburgo até o vilarejo de Roslin, onde a capela está localizada). É interessante para conhecer o subúrbio e a universidade de Edimburgo para veterinária e outras faculdades.

A capela é linda. De pedra e pequena. Custa nove libras para entrar. A volta também é pelo ônibus da linha 15 que passa a casa hora e 25 e 55 minutos.
Rosslyn Chapel, afastada cerca de 45 minutos de Edimburgo

À tarde, usamos o tíquete do ônibus de turismo para chegar ao castelo. Para conhecê-lo, reserve pelo menos duas horas, porque, além da parte externa, tem várias atrações dentro do castelo, como a coroa, espada dos reis e a ala da prisão. Eu gostei muito do castelo.

No inverno, só é permitido entrar até as 16 horas, já que o lugar fecha às 17 horas, mas uma hora é pouco tempo para apreciar a visita. A entrada custa 16 libras.

Na saída do castelo, pela Castlehill Lawnmarket, há várias lojas de lembranças e artigos típicos. Lá também fica o The Scotch Wisky Experience, um tour dinâmico que conta a história do whisky, com opção de degustação da bebida — caso queira ir, reserve antes.

Para terminar o dia, passeamos pelas ruas adjacentes, tirando fotos à noite do castelo (muito lindo) e visitando o museu do escritor. Fechamos a viagem a Edimburgo em um dos pubs da rua Grassmarket.


Informações práticas
Quando fui: outubro/novembro de 2014
Hotel que fiquei: Ballantrae Hotel (8 York Place)
O que achei do hotel: Ótimo custo-benefício, perto de tudo, bem central. O quarto era no último andar (4 lances de escada) e não havia elevador, mas tanto na chegada quanto na saída nos ajudaram com a mala. Quarto de tamanho bom, chuveiro delicioso!

>>> Guia de hotéis e avaliação das hospedagens 


Fotos: Roberta Prescott e Thais Cerioni

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