quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Vai aos Estados Unidos pela primeira vez? Confira tudo o que você precisa saber

Um dos destinos prediletos daqueles que buscam uma viagem que concilie compras e turismo, os Estados Unidos ainda são o país mais visitado pelos brasileiros. Miami, Orlando e Nova York estão no topo da lista das cidades americanas mais frequentadas. Então, não é à toa que os gastos dos turistas do Brasil nos EUA cresceram 347% entre 2004 e 2011, pulando de US$ 1,9 bilhão para US$ 8,5 bilhões.

Com tantos brasileiros visitando os Estados Unidos pela primeira vez, o Mosaico preparou um guia básico do que o turista precisa saber antes de embarcar, com informações sobre visto, imigração, passagens aéreas, hotel, gorjetas, impostos, quanto dinheiro levar e qual é a melhor forma de pagar.
VISTO
Os Estados Unidos exigem visto para os brasileiros. Já foi mais complicado conseguir um, mas agora diversas políticas foram feitas para facilitar a nossa entrada lá. Basicamente, são três etapas para conseguir o visto:

   1. Preencher o formulário eletrônico de solicitação de visto DS-160. Imprimir a página de confirmação (com o código de barras) de cada requerente. O DS-160 deve ser preenchido em inglês. Para preencher o formulário acesse: https://ceac.state.gov/genniv.

   2. Pagar a taxa de solicitação do visto (MRV) de cada requerente. Veja neste link mais detalhes a respeito dos procedimentos de pagamento e as taxas cobradas. Cada tipo de visto tem uma taxa específica, mas todas são cobradas em dólar. Normalmente, ela é paga nas agências do banco Citibank.

   3. Agendar a visita no centro de atendimento ao solicitante de visto (CASV) no consulado ou embaixada, dependendo do caso (depende se há ou não um CASV na sua cidade). Para o agendamento, cada solicitante deve ter em mãos a página de confirmação do formulário DS-160 (com código de barras), o número do recibo de pagamento da taxa MRV e o número do passaporte do solicitante.

Existem diversos tipos de visto. Os mais comuns são o de turista (B2) e o visto de negócios/turismo (B1/B2). Entre as outras categorias, há também o visto de comerciante (E-1), de investidor (E-2), de noivo(a) (K), de jornalista (I), de trabalho temporário (H, L, O, P, Q ou R) ou um visto de intercâmbio cultural (J). Para cada um cobra-se um valor de taxa específico.
ENTRANDO NOS ESTADOS UNIDOS
Ao chegar aos Estados Unidos, todos os passageiros são direcionados para a imigração. A fila costuma ser bastante extensa, então, se a cidade não é seu destino final, fique atento ao horário e sua conexão. Sempre bom, ao comprar as passagens, reservar um tempo de três horas entre a chegada de um voo e a partida do próximo. Normalmente, eles colocam três filas: uma para cidadãos e residentes nos EUA e Canadá, uma para membros da União Europeia e outra para os demais (onde os brasileiros estão inseridos).

Na imigração, é chamado um por vez para apresentar os documentos (passaporte e visto válidos e formulário de alfândega) e responder às perguntas do oficial. No caso de estar viajando em família ou com amigos, na maior parte dos casos, eles autorizam a passar em grupo.

O oficial vai querer saber o motivo da viagem, quantos dias que vai ficar, onde vai se hospedar, o que vai fazer enquanto estiver nos EUA, entre outros pontos. Além do passaporte com visto, o oficial pode pedir documentos que corroborem o que você está dizendo, como a reserva do hotel, comprovante que você tem como pagar a estadia (cartão de crédito, papel moeda) e passagem de volta. Se ele desconfiar de algo (imigração ilegal, por exemplo) ou os documentos não estiverem todos certos, o turista é encaminhado para uma nova inspeção. Em alguns casos, podem pedir documento que comprove seu vínculo com o Brasil (contrato de trabalho, comprovante de residência, cópia da carteira de trabalho etc).

Bom lembrar que, no começo de 2013, o governo dos Estados Unidos terminou com a exigência do preenchimento do registro de chegada e saída chamado de I-94 (leia post anterior). Agora, somente é necessário preencher e entregar o formulário de declaração alfandegária.

O formulário I-94 era aquele papel branco, que tinha duas partes, onde os viajantes precisavam registrar aonde iam se hospedar e inserir dados como número do passaporte, data de emissão e validade do visto. Agora, os passageiros devem informar os dados para a companhia aérea no momento do check-in. No entanto, os visitantes que passarem pela segunda inspeção (a temida “salinha”) receberão uma cópia impressa do formulário I-94 para ser preenchida.
PASSAGENS
Existem muitos voos para os Estados Unidos, saindo de diversas companhias, tanto brasileiras, como estrangeiras. Antes de comprar a passagem, pesquise o preço em sites como Expedia, Decolar, Mundi, também olhe no site das companhias aéreas e consulte agências de viagens. Antes de fechar o negócio, observe:
  • as condições de cancelamento ou mudanças no bilhete: em muitos casos, as multas são altíssimas e daí compensa pagar um pouco a mais para ter flexibilidade;
  • tempo de voo e escalas: mesmo que mais barato, não compensa fazer um voo muito longo e cheio de escalas;
  • tempo de conexão: reserve umas três horas na ida entre o voo que chega do Brasil e o que sai para o destino final. Isto porque será necessário fazer imigração, o que pode demorar um pouco. Na volta, não há necessidade deste tempo ser tão longo, porque a imigração e segurança são feitas para o embarque no primeiro voo, mas chegue cedo ao aeroporto. 
  • se você já possui um cartão fidelidade, dê preferência a uma companhia aérea que faça parte do seu programa de milhagens.
Nos voos domésticos, mesmo que você tenha comprado a passagem no Brasil, as companhias cobram pela comida, bebida alcoólica e entretenimento como filmes ou programas de TV — e só aceitam cartão de crédito.

Aliás, se for voar dentro dos Estados Unidos, inclua na pesquisa as companhias de baixo-custo. Já voei com a Southwest e gostei bastante.


HOTEL
Há hotéis para todos os bolsos, então, procure que você vai achar um que caiba no seu bolso e tenha o seu estilo. Atenção apenas para alguns detalhes:
  • normalmente os quartos são duplos (double), mas sempre é necessário checar isto antes de reservar;
  • o café-da-manhã, na maioria das vezes, não está incluso. Pergunte quanto custa e avalie se não vale mais a pena comer em outro lugar, como no Starbucks (que tem um monte);
  • o estacionamento é cobrado à parte;
  • se realizar compras online e mandar entregar no hotel, tenha em mente que quase todos cobram pelo storage, ou seja, por guardar a mercadoria. 
GORJETA
Nos Estados Unidos, se dá gorjeta para tudo, porque o serviço não vem incluído nas contas. É praxe e estando lá é de bom tom incluir a tip no pagamento. Não existe um valor certo, então, reúno abaixo o que eu vi como mais comum:
  • Taxista: de 10% a 30% 
  • Carregador de mala: pelo menos, US$ 1 por mala
  • Camareira: muitos hóspedes deixam ao sair do quarto para o check-out gorjetas que podem ir de US$ 1 a US$ 10 por noite. O valor depende da tarifa e da localização do hotel, do quanto seu quarto estava desordenado, entre outros fatores
  • Restaurante, serviço dos garçons: de 15% a 20% da conta, geralmente pagos à parte e em papel-moeda. Li num site que alguns poucos lugares incluem a gorjeta na conta (gratuity included), mas não me lembro de isto ter acontecido comigo 
  • Serviços em geral: entre 10% e 20%
  • Cafés e bares: entre 10% e 15%
Os links abaixo (em inglês) têm informações detalhadas sobre quanto dar de gorjeta para cada serviço:

IMPOSTOS
Diferentemente do Brasil, o imposto que deve ser pago ao comprar produtos e serviços não está embutido no valor do produto. A taxa (chamada de sales tax) é adicionada ao valor total da compra no caixa. Cada estado possui uma taxa distinta (é isto que deixa Miami atraente para compras). Então, ao olhar o preço de um produto na prateleira, lembre-se de somar o imposto para saber o valor real dele. Abaixo, algumas taxas:
      • Orlando: 6,5%.
      • Miami: 7%.
      • Tampa: 7%.
      • Nova York: 8,875%.
      • Las Vegas: 8,1%.
      • Washington DC: 6%.
      • Boston: 6,2%.
      • Los Angeles: 8,7%.
      • San Francisco: 8,5%.
      • Chicago: 9,5%.
      • New Orleans: 9%.
Fonte: http://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?f=186&t=2004

Atenção: nos Estados Unidos não existe a prática de ressarcimento dos impostos pagos (tax refund) como acontece em outros países. A explicação é que as taxas são pagas no âmbito estadual e não federal.


QUANTO LEVAR DE DINHEIRO
Como escrevi neste post. a quantia de dinheiro que cada um deve levar depende do tipo de viagem que vai fazer e, claro, da condição financeira.  No caso específico dos Estados Unidos, muitos brasileiros vão lá para fazer compras. Então, minha sugestão é separar a quantia destinada às compras do que será necessário no dia-a-dia da viagem.

Para esta última conta, leve em consideração que o café-da-manhã não está incluso na tarifa do hotel. Para as refeições, tenha em mente que os pratos em muitos restaurante são bem-servidos, satisfazendo duas pessoas que não comem muito. Mas sempre pergunte ao garçom se este é o caso.


CARTÃO DE CRÉDITO OU ESPÉCIE
Leia este post anterior sobre qual tipo de dinheiro levar a viagens ao exterior. Além das notas em papel moeda, há as opções de usar os cartões de crédito, débito e o pré-pago. Nos Estados Unidos, o cartão de crédito é o mais difundido. Aceito em praticamente todos os lugares, inclusive para pagar as corridas de táxi. Eu, particularmente, gosto bastante do cartão pré-pago, principalmente, porque permite ir colocando saldo aos poucos, nos meses que antecedem a viagem.


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